sexta-feira, 30 de maio de 2008

ida



silêncio
silênci
silênc
silên
silê
sil
si
s
.
.

.

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repare esse instante, é uma fuga, não?
então respire, tenha calma e venha
ande a passos largos e perpasse o muro
não deixe que te vejam

se ainda (também) não existo aqui
posso nascer poeta
em mim de novo
não mais que de repente

e mesmo ainda sendo esse homem
ensimesmado de incompletos e devires
sonho a torto e a direito sobre as casas
e caminhos onde ainda não passamos juntos

porque a vida não é (dizem) um encontro
mesmo que seja arte
é mais bela e mais difícil, pode crer
como um grito, uma mandrágora arrancada!

ou um sinal de que o caminho
atalhou por entre as mãos
e já não pode mais ser lido
nem trilhado em superfície

por isso eu sigo, por isso a fuga
por cima dos telhados encharcados
de sol e senhas que não abrem nada
por entre as pernas, as pedras e as coisas

repare esse instante, você fugiu?
e se não foi, ficou aonde?
repare esse instante...
e depois volte ou continue

quarta-feira, 28 de maio de 2008

shhh


calmamente desato os nós teus
livro-te o corpo das pesadas vestes
esfíngica minha voz se assemelha
sonhas-me igual...

será tua alma gêmea?
em déspota cuido sã
esgrimo mais rimas
gracejo o desejo afã

enamorado gazel de haréns
frutífero ventre de deuses
sibila-me os olhos
e serei gênio a teus quereres


publicado no livro "entre outras coisas", 2006

terça-feira, 27 de maio de 2008

sobre a evolução...


Alguns já disseram que a raça humana veio do barro e respectivamente da costela de Adão. Outros se posicionam a favor da convincente teoria da evolução das espécies muito bem elaborada pelo barbudo Darwin há algum tempo e que até hoje vem sendo revisitada e ampliada (mesmo por que não distancia outras menos comprobatórias), mas que ainda sim , sugere muito. Tentaram certa vez me convencer que viemos de naves interplanetárias e que aqui estaríamos há milhões e milhões de anos nos perguntando: Eram os deuses astronautas?. Fico com a dúvida!
Já ouvi dizer até (e não me atrevi a discutir ) que viemos nus trazidos no bico [isso até que parece verdade]; nascemos de repolhos; somos resultado de nossas imaginações e etc etc etc etc etc.

Bom, por mim a pergunta não se cala tão cedo. Mesmo por que não confiaria em ninguém (humano pelo menos) que viesse com um rompante convincente dizendo: “Olha só, descobri de onde viemos e pra onde vamos!“ Não, definitivamente, não! Tá mais fácil a história da nave espacial!
Fato é que tem gente aí com vontade de mostrar serviço [pra duvidar e repassar informação tá cheio assim ó!, e assim acabam confundindo a eles e a nós (sub-entendam-se), ocasionando um desconfortável caos]! E não é o que queremos, certo?

Bom, enquanto não há posicionamento convincente e/ou lógico-comprovado que nos reflita uma questão de identificação mútua e enciclopédica, vou ficando com eles que mesmo tão injuriados por sustentar essa liberação do conhecimento da escravidão da vontade, esse esquecimento do eu individual e de seu interesse material, essa elevação da mente à contemplação da verdade sem influência da vontade pseudo-lógica encontrada em contradições-intelectualistas e enfadonhas, se valendo às vezes de talento (que tanto clamam alguns disprovidos de criatividade), mas sempre guiados por aquilo que nunca os abandona por serem ARTISTAS -o gênio!- continuam sendo as antenas da raça!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

chatã paparene


iákiáma tapentikuá iákiáma tapentikuá
imóiámpápa tansuê imóiámpápa tansuê
ikâentót tapentikuá
iátó! iátó! iátó!

Uncuã impúarán katétét
manniá icêêmán
Uncuã impúarán katétét
manniá icêêmán

cimamapikuí tapentikuá

mâkiá kypa tikunkoamán
mâkiá kypa tikunkoamán
tikapián kukré
chatã paparene
yuma paninhote

icêêmán
puti putuá

puti putuá

icêêmán
puti putuá

yuma paninhote


em homenagem aos índios caiapó (ou aos que restam deles!)

terça-feira, 20 de maio de 2008


poema (?) para ezra pound

dentro do silêncio mora um outro
entre o vazio e a vista
em meio ao crime e a pista
feito um roto ladrão

segue cego os desmandos a risca
verga réu o primeiro da lista
sabe o fim sem sorriso e razão

mira a léu broto seco em marisma
leva ao céu torto o oco da crista
cisca a espora em rastilho no chão

prevê no futuro o perigo da cisma
firma o pé ante a sopro da brisa
praguejando o passado de excomunhão (?)

sexta-feira, 16 de maio de 2008


Nasci e sempre morei em Barão de cocais. Tenho acompanhado (de dentro) todas as mudanças que a exploração do minério de ferro acarreta. As ampliações de cavas já existentes e a implementação de novas minas tem ocasionado na cidade e no modo de vida da população significantes transtornos que comprometem não só a qualidade de vida mas também o futuro dos próximos habitantes.. A Vale investe bilhões (como podemos ver claramente nos anúncios feitos pela empresa) em propaganda, milhares de novas contratações e ampliação dos lucros, se valendo do marketing de “empresa dos brasileiros” para incutir no povo a idéia de que quanto mais melhor e que ela trabalha só pelo brasil!
Ao contrário de que podem pensar funcionários devotos e preocupados em garantir sua vaga, ela gasta mais, muito mais nesse jogo capitalista do que em reais investimentos sócio-responsáveis e revitalização de áreas degradadas. Investem irrisórios R$109,00 em um circuito cultural aqui na cidade que leva (gratuitamente) cultura, diversão e interetividade para o povo e em contrapartida se valem de posições como “Se a barragem de Brumadinho não for feita a empresa se retira da cidade”, para forçar a população a ceder.
Ela emprega, gera receita e melhorias sim, não nego! Mas se compararmos com a devastação, matança de fauna e flora, sujeira, poluição que (também) gera, não há como não concordar com a revolta dos mais afetados como os moradores de Brumadinho e região.
Não acredito que a 2ª maior mineradora do planeta não consiga uma outra forma de processar a sujeira que produz!
Ela tem em seu histórico (em vários estados brasileiros), processos a responder judicialmente por crimes ambientais como já citados. Aqui na região são décadas de exploração diária e ininterrupta e se perguntarem quais os investimentos da empresa além do que ela por lei deveria fazer, não há muito o que dizer.
A cidade se São Gonçalo do rio Abaixo, conseguiu (com muito trabalho!) por meio de pessoas competentes e interressadas na preservação e valorização das manifestações culturais locais, a construção de um centro cultural totalmente pago pela Vale. Isso seria uma maneira da empresa manifestar a sua preocupação com a cultura? Não! Não é! É tudo deduzido em impostos municipais, estaduais e federais. E a grana destinada é ínfima! Esse dinheiro a 2ª maior mineradora do planeta recupera em minutos!
Falta a população da cidade de Barão assumir outra postura que não a de “Obrigado!” e (exigir) uma postura de compromisso e respeito da Vale para com a cidade, seus povoados e cidadãos!

A 34ª festa dos pés de pomba vai começar! Uma ótima oportunidade do povo se manifestar!

Até lá!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

não pago, e daí?

Por várias vezes já paguei, meio a contragosto, couvert artístico, os famigerados 20% do garçon (que quase nunca atendem bem) e a mais chata e enfadonha de todas as taxas abusivas e ilegais, a tal da consumação mínima.
Como moro em uma cidade do interior e aqui (ainda) não há muitas opções de diversão e cultura, acabo, as vezes, me rendendo aos barzinhos onde os donos insitem em manter viva a horível tradição de "música ao vivo", achando que assim agradam aos consumidores (em sua maioria loucos pra ouvir o mais-do-mesmo da mpb e do rock). Haja saco!
Mas decidi que não tô mais afim de pagar só pra não ser o chato que faz questão de R$2,00 ou não é solícito com os músicos. Mesmo porque nunca fui consultado sobre o que queria ouvir e se queria. Por tanto, como a maioria dos estabelecimentos não se dá esse trabalho e menos ainda o de deixar expresso na entrada que cobra uma taxa "x" para um fim "y", eu resolvi assumir minha chatisse e não pagar por aquilo que não consumi!

Seguem abaixo mais informações para quem não tem medo da cara de espanto e vergonha do amigo "discreto" da mesa:

Casas noturnas- Consumação mínima - Conforme determina o Código de Defesa do Consumidor, é proibido ao fornecedor impor limites quantitativos de consumo aos seus clientes. A cobrança de consumação mínima é, portanto, considerada uma prática abusiva pela legislação.

-Casas noturnas, bares e restaurantes podem cobrar um preço pela entrada no estabelecimento e pelo que efetivamente foi solicitado e consumido, ficando vedada a cobrança de consumação mínima.

- Multa por perda de comanda - Muitas casas noturnas entregam ao consumidor, logo na entrada, uma comanda para anotação dos itens consumidos. Conforme o estabelecimento, a comanda deve ficar sob a responsabilidade do consumidor que, no momento da saída, deve entregá-la ao caixa para efetuar o pagamento. A cobrança de multa por perda dessa comanda, de acordo como o Código de Defesa do Consumidor, é considerada uma prática abusiva.O Procon-SP entende que a responsabilidade pela cobrança é do fornecedor e não deve ser transferida ao consumidor. Cabe ao estabelecimento registrar e controlar todos os itens consumidos pelo cliente. Desta forma, se o consumidor extraviar a comanda, não deve ser punido com o pagamento da multa.

-Couvert artístico - A cobrança do couvert artístico é permitida quando houver música ao vivo ou outra manifestação artística no local, desde que haja informação prévia. A informação referente à cobrança deve ser clara e precisa e estar afixada logo na entrada do estabelecimento.

Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) lei n°3857 de 22 de dezembro de 1960
www.ombsp.com.br

- Taxa de serviço (gorjeta) - O pagamento da taxa de serviço (ou gorjeta) é opcional para o consumidor. Ela só poderá ser cobrada quando efetivamente houver a prestação de serviço, ficando vedada a cobrança para quem consome no balcão, por exemplo. A informação referente à cobrança da taxa de serviço deve ser prestada no cardápio e na nota fiscal de foma clara e precisa, inclusive com a discriminação do valor cobrado e a orientação sobre a cobrança ser opcional.

- Informação de Preços - O estabelecimento é obrigado a afixar o cardápio com os preços, em moeda corrente, logo na entrada do estabelecimento. Outra informação que deve ser fornecida refere-se às formas de pagamento aceitas pelo estabelecimento (cartão de crédito, cheques, tickets). Quanto ao pagamento com ticket, se o consumidor fornecer o valor superior ao total consumido, o estabelecimento é obrigado a fornecer contra-vale. É proibido impor ao consumidor que utilize todo o valor do ticket .

- Esporte - Estádios de futebol e ginásios esportivos também devem garantir um bom programa. Por segurança, o ideal é sempre adquirir ingressos com antecedência nos postos de venda credenciados pelos clubes. Comprando de cambistas, além de pagar muito mais, corre-se o risco de adquirir bilhetes falsificados. Procure não chegar em cima do horário previsto para o início da partida, já que esses momentos geralmente são tumultuados em virtude da enorme concentração de pessoas. As informações sobre os portões de acesso aos setores do estádio (arquibancadas, numeradas, camarotes, etc.) devem estar claras. Assim como nas casas de espetáculos, se por algum problema você for acomodado em um local diferente do qual comprou, ou a superlotação o impedir de entrar no local, há a possibilidade de requerer o abatimento proporcional do preço ou a devolução de valores pagos, sem prejuízo de eventuais perdas e danos, que podem ser solicitadas na justiça.

- Reservas e compras por telefone ou internet - Em boa parte dos eventos culturais e esportivos, reservas podem ser feitas pelo telefone. Neste caso fique atento:- às formas de pagamento;- locais de retirada dos ingressos- peça o nome do funcionário que o está atendendo e/ou alguma senha (ou protocolo);- se a entrega for feita em domicílio, uma taxa extra por esse serviço pode ser cobrada, mas deve ser informada previamente. Uma dica para evitar problemas é vincular o pagamento ao recebimento dos ingressos. Se a compra for feita pela internet, para a sua segurança, imprima a comprovação de reserva ou de pagamento.

- Meia Entrada - A Lei estadual 7.844, de 13/05/92, garante o direito à meia entrada aos alunos do ensino fundamental, médio e superior. A Lei municipal 13.725 garante também o direito aos alunos matriculados em cursinhos pré vestibulares e cursos técnicos no município de São Paulo. O Estatuto do idoso e a Lei estadual 10.858, de 31/08/01, determinam, respectivamente, que os cidadãos com 60 anos ou mais e os professores da rede estadual de ensino também têm o direito à meia entrada. Para fazer valer o direito à meia entrada basta a apresentação do documento de identificação estudantil, no caso dos alunos, da carteira funcional, para os professores da rede estadual, ou de identidade, para os cidadãos com 60 anos ou mais. O estabelecimento deve promover a venda da meia entrada sem restrições de local ou data do evento, horário, postos e dias de venda do ingresso. Se o estabelecimento negar a venda de meia entrada ou limitar a venda do ingresso para dias ou locais específicos, o consumidor pode comparecer a um dos postos de atendimento do Procon-SP para registrar sua denúncia. Pode ainda adquirir a entrada pelo valor inteiro, solicitar um comprovante da compra e comparecer ao Procon a fim de obter a devolução do valor pago a mais.

Vale a pena ressaltar que esta lei se refere a casas de espetáculos, não a bares.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

filosofia não!


não, simplesmente você não poderia
dessa fria maneira entoar a canção

assim, meu amor o amor morreria
muito antes da gente chegar a estação

então, com um pouco de ardor e alegria
veja nos seus os meus olhos senão

lá no fim, bem no fim da magia
vai restar da poesia a contrária visão

e, enfim o cantar ia esbarrar na utopia
de uma voz que abriga uma ébria prisão

por isso, amor, entre o belo e a agonia
deixe o sol dar o tom da peleja-razão

pra que a dor e o clamor dessa triste afasia
não solfegem uma nota enganando a emoção

porque a verdade nem de longe é filosofia
é poesia, amizade, amor e canção


para Pollyanna Assis

sexta-feira, 9 de maio de 2008

tenho os pés no chão mas a cabeça eu gosto que vôe


6
VIRGEM ou VIRGO

23 de Agosto a 22 de Setembro
(150º à 180º)

"EU ANALISO"

O charme de uma excitante timidez...
Virgem é o signo onde Mercúrio tem seu domicílio e segundo alguns astrólogos, também sua exaltação (outros consideram que este planeta se exalta em Aquário).

Júpiter e Netuno estão exilados em Virgem, que corresponde também à queda de Vênus. Mercúrio - Hermes, planeta de comunicação, do estudo e do raciocínio tem como seus territórios os signos de Gêmeos e Virgem.

Mas ele não é exatamente igual em suas duas casas; Virgem é o último signo da metade individual do zodíaco e representa, depois da consciência em Áries, da experiência em Touro, do conhecimento em Gêmeos, da consolidação da personalidade em Câncer e da ambição em Leão, o ser já formado, colocando em prática tudo o que é no terreno concreto, real, palpável, da vida do dia-a-dia.

Virgem é um dos signos do elemento Terra. Aqui, Mercúrio voa e especula, reflete e analisa, sem contudo afastar-se muito do que os olhos mostram que existe, do que está dentro do campo de visão de cada um.

Nenhum detalhe da realidade lhe escapa, nem os bons nem os maus aspectos; percebe as mais ínfimas peças de uma engrenagem, dono de um talento inato para apontar o mecanismo defeituoso e atinar com a solução do problema.

O tempo parece viver em Virgem uma curiosa dança onde trocam de lugar seus três momentos, presente, passado e futuro. O passado contém a experiência; é, portanto, um dado valioso.

O presente deve ser aprimorado - e essa tarefa, as vezes levada a extremos, podem fazer com que os ponteiros do relógio corram mais que o diligente Mercúrio - Virgem, assim, o presente transforma-se em passado antes de plenamente vivido. E o futuro torna-se presente antes de totalmente preparado...

Mercúrio - Virgem antevê no futuro, domínio de Júpiter - que inclusive por isso não tem aqui sua melhor colocação - a possível repetição de armadilhas já vividas ou o possível surgimento de armadilhas suspeitadas.

Vênus, planeta do amor, da relação afetiva, da troca harmoniosa entre duas pessoas, pode viver extremos neste signo da razão que sabe, melhor do que ninguém, que o coração tem razões que a própria razão desconhece.

Os nativos deste signo chegam ao mundo num ambiente dominado pela crítica. É como se no momento do seu nascimento, sua mãe não estivesse preparada para ter um filho, não que não o desejasse, mas talvez não tivesse maturidade suficiente para tanto.

A frustração que se origina neste tipo de situação tende a ser projetada na pai, no aspecto masculino da vida, principalmente através de críticas quanto à sua competência, quanto ao foto de não se poder contar com o homem no momento em que ele é mais necessário.

Assim a criança acaba dimensionando o mãe interior como uma figura forte e dominante, que o protege e sabe fazer tudo, enquanto que o pai é alguém com que não se pode contar.

Esse signo tende durante a sua vida, a se esforçar realmente para provar a esta mãe interior que ela não é fraca como os homens, que é de fato competente.

Nos relacionamentos amorosos acabam muitas vezes, escolhendo parceiros que tragam à tona essa necessidade constante de crítica, nas mulheres a necessidade de criticar e nos homens de serem criticados.

Provavelmente não é o tipo de pessoa que se deixa dominar por afeições exageradas. É que, com todo o seu controle, o nativo de Virgem cede mais à qualidade do que à intensidade do amor. E as incertezas da paixão nem sempre se adaptam ao seu estilo prudente e sentimental.

De natureza prestativa, coloca seu talento e capacidade de organização a serviço dos outros. Gosta de analisar o mundo. É amante da natureza e discreto.

Os astros dotam você de um grande senso prático. Observador nato, não se cansa da aprender com os outros. Alcançar a perfeição é uma de suas metas. Rigorosamente analítico, está sempre tentando assimilar e aperfeiçoar as experiências. É o signo da resistência.

O virginiano é uma pessoa organizada, ou pelo menos voltado para algum tipo de rotina, é aquele que organiza, analisa, cataloga, separa, discrimina, vê os detalhes e os defeitos.

A alimentação e a saúde são grandes preocupações do signo, nós somos aquilo que comemos. Gosta de ritualizar suas tarefas e obrigações. É perfeccionista e um trabalhador incansável, tem um apurado e clássico senso estético.

Virgem é "eu discrimino", a vontade que temos de atingir uma realidade perfeita; seu oposto Peixes, é "eu indiscrimino, ou eu compreendo". O trabalho é muito importante, deve-se livrar de padrões que só trazem o congelamento.

Dinamismo: Grande capacidade para reter (Terra) em diversas direções o mundo concreto, sempre de forma ordenada, onde cada elemento se encontra minuciosamente delimitado (prevalência do seco) e programado a um fim sistemático previsto. Integração intelectual na existência (Mercúrio) concretizado (Terra) onde a inteligência é solucionar problemas de forma analítica e calculista muita eficiência prática, sem contudo deter-se na abrangência deles (falta de Júpiter), que pode não raro, levar a uma perda de contato da realidade que lhes deu origem (exílio de Netuno). Portanto, freqüentemente os valores sensoriais são sacrificados em razão de valores racionais (Vênus em queda). Os conflitos são estruturados num nível de conhecimento e sabedoria, enquanto que as soluções podem ser estruturadas num nível de concretização de trabalho social (trígono da Terra).

Existem dois tipos de virginianos:

1. Tipo A: "tipo comum", a inibição prevalece sobre a impulsividade, natureza refinada, sutil e seletiva, vida disciplinada e ordenada em função de um ideal, perfeccionismo material e moral.
2. Tipo B: "tipo ambivalente", coexistência ou alternância do impulso da inibição, racional e irracional, econômico e esbanjador, pontual e inexato, séptico e supersticioso, crítico e criador, ingênuo e libertino.

Tarefa: A ti Virgo, peço que empreendas um exame de tudo o que os homens fizeram com Minha criação. Terás de observar com perspicácia os caminhos que percorrem e lembrá-los de seus erros, de modo que através de ti Minha criação possa ser aperfeiçoada. Para que assim o faças, Eu te concedo o dom da pureza de pensamento.



LUA EM VIRGEM
A preocupação com a saúde, que caracteriza o virginiano, pode estar relacionada com uma encarnação passada entre os índios da Amazônia ou os astecas no México, onde ele exerceu a função de curandeiro. O interesse atual em aprender coisas novas, pode tê-lo levado a seguir Alexandre, o Grande, em suas viagens mundo a fora. É uma pessoa super detalhista, prática, limpa e organizada.
Dia: Chegou a hora de pôr a casa em ordem, neste dia, o gosto pelo detalhe pela organização está acentuado. É uma boa hora para colocar em dia projetos que vinham sendo protelados e planejar com clareza os novos passos. Os perfeccionistas virginianos ficam ainda mais críticos e seletivos, mas tem melhores chances de administrar seus negócios comerciais ou bancários, a compra e venda de imóveis, assuntos intelectuais e os estudos. Situações complicadas, que exigem concentração, podem agora ser analisadas com precisão e imparcialidade. Aproveite também para iniciar uma nova dieta, pois está favorecida as dietas naturais e a saúde.

Saturno em Virgem: Problemas de saúde, digestão e de ansiedade, devido a responsabilidade excessiva no trabalho. Não deixe o medo te aprisionar na vida! Desenvolva a sua inteligência na busca de seus ideais. Servir aos outros é uma de suas missões: faça isso sem perder a sua dignidade pessoal. É importante você saber que tudo aquilo que fazemos hoje colhemos em dobro no dia de amanhã, pense nisso.

Em vidas passadas, é possível que a pessoa não tenha se esforçado o suficiente no trabalho, deixando de lado algumas de suas obrigações. Agora vai precisar de muita paciência e disciplina para buscar estabilidade num emprego e enfrentar tarefas que podem parecer monótonas, mas das quais depende sua sobrevivência. A saída para lidar bem com isso, é descobrir um sentido novo e estimulante em tudo aquilo que realizar.

Casa 6: É a casa da saúde e doenças, dos serviços cotidianos ou rotineiros, da atenção às minúcias (detalhes), da reação do organismo, do coleguismo, dos trabalhos e os instrumentos nele utilizados, pequenos animais, as pessoas de nível inferior, os servidores subalternos, tios e tias, as obrigações e dedicações, o ritual de alimentar-se e os rituais em geral, métodos, disciplina, materialismo, burocracia, crítica exagerada, liturgia, pensar pequeno. A visão do virginiano é igual a da "formiga", ele perde muito tempo com detalhes tendo uma visão pequena do mundo.

6º eixo Virgem - Peixes: Servir, pureza, simplicidade, prestação de serviços, manias, rituais, é o eixo musical. O excesso de organização gera confusão. Ambos vêem o que os outros não vêem. Virgem tem prestabilidade técnica, prática. Enquanto Peixes é prestativo no lado emocional, tem organização emocional e espiritual.

Saúde: Virgem rege o sistema nervoso, os intestinos: grosso e delgado, região abdominal, plexo solar, os músculos, apêndice, baço, cólon, duodeno, aparelho digestivo, umbigo, o quilo, peristaltismo intestinal, ovários, sistema vagossimpático e as mãos. Os virginianos apresentam as mesmas indisposições estomacais e intestinais dos cancerianos. Tendem a ser nervosos e também não se alimentam com uma dieta balanceada. Constipação, vermes, diarréia, apendicite, tifo, problemas de alimentação, mania de remédios, hipocondria, cólicas. Recomenda-se o consumo de limão para diminuir a caspa e as erupções na pele.

Exercício: Fique em pé com os braços abertos, levante a perna direita em diagonal tocando na mão esquerda, retorne e repita o exercício com a outra perna, oito vezes com cada perna, para estimular a circulação sangüínea na área abdominal.

Personificação: Signo humano, com predominância do seco e feminino. Representa a válvula de segurança, o que sabe, o que critica e o que analisa tudo. Significa também a 5ª essência da personalidade. E a eliminação de tudo o que não presta. Significa a colheita, a seleção, a classificação e o armazenamento dos grãos e frutos. Nessa fase de vegetação, o fruto está pronto para ser colhido, está pronto para ser servido àquele que tem fome.

Aparência: De fraca constituição, de sólida beleza e de grande naturalidade.

Animal: Quadrúpedes astutos e vivazes, macaco, raposa e aves trepadoras, papagaio.

Profissão: bancário, assistente social, serralheiro, mecânico, relojoeiro, engenheiro, comerciante, arquiteto, economista, secretária, jardineiro, contador, professor, artesão, editor, médico, oculista, enfermeiro, veterinário, farmacêutico ou qualquer atividade ligada à saúde.

Planeta: Mercúrio, que lhe garante inteligência e precisão. Meticuloso e crítico por excelência, você é muito exigente consigo e com as outras pessoas.

Qualidade: Mutável, dá transformação, coesiva.

Elemento: Terra.

Elemental: Gnomos.

Estação: O fim do verão.

Dia: Quarta-feira.

Cor: Marrom, verde, cinza, mesclada e amarelo escuro.

Mineral: Ágata, esmeralda, topázio e jaspe.

Metal: Mercúrio e prata virgem.

Vegetal: Aveleira, lavanda, avenca, salsa, papoula, flor-de-maio (pureza virginal), a sensitiva (representa o pudor), o salgueiro (representa o amor à solidão) e a violeta (símbolo da modéstia).

Chakra: 3º e 5º.

Aroma: Pinho, verbena, rosa, alfazema e benjoim.

À mesa: Evitar comer muitos frios, embutidos, enlatados e massas, preferindo carnes grelhadas, cereais e frutas. Não deve alimentar-se quando estiver aborrecido. Tem tendência vegetariana e a dietas.

Nota musical: Mi.

Arcanjo: Raphael.

Plano de vida: Físico.

Regente esotérico: Lua.

Missão esotérica: Apoderar-se do cinturão da rainha das Amazonas.

Mitologia: Ástrea é a virgem mitológica associada à constelação. Símbolo de fertilidade, da abundância da Terra, voltará para anunciar a Nova Idade do Ouro. Perséfone e Ceres também podem ser associadas como divindades aos ciclos da natureza.

Astréia é filha de Júpiter e Têmis. Irmã de Pudor. Viveu entre os homens na Idade de Ouro. Espalhou entre eles sentimentos de justiça e paz. Quando a humanidade se perverteu, Astréia e sua irmã retiraram-se do convívio dos mortais. Sob o nome de Virgem, fixou-se no céu como constelação.

Tarôt: Tarôt Cigano: Sino.

Runas: Jera, Manaz, Branca, Ansur.

Virgem Ascendente em:

1. Áries: Vive de maneira menos metódica e busca um parceiro perfeito sem abrir mão das aventuras amorosas.
2. Touro: Promove ternura nos sentimentos, dá senso prático no trabalho e aumenta o desejo de afirmação social.
3. Gêmeos: Fortalece a inteligência, a capacidade crítica e dá maior extroversão no plano social.
4. Câncer: Confere mais sensibilidade, reserva e senso crítico, principalmente no amor.
5. Leão: Aumenta a extroversão, a inteligência e a capacidade de sucesso profissional.
6. Virgem: Redobra as características, aumenta a frieza no amor e torna-se mais calculista.
7. Libra: Personalidade simpática e atraente, suaviza sua rigidez, aumenta sua delicadeza e afetividade.
8. Escorpião: Aumenta o ciúme, a avaliação crítica e lhe garante uma gratificante vida profissional.
9. Sagitário: Dá oscilações entre seu pessimismo e seu otimismo, sendo otimista garante sucesso profissional e social.
10. Capricórnio: Assimilação do caráter melancólico, prudente, paciencioso e perseverança, mas desconfiança no amor.
11. Aquário: Maior abertura à vida e às pessoas, um casamento cheio de amizades.
12. Peixes: Confere solidariedade e meiguice, conceitos pessoais gerados pela emotividade.

terça-feira, 6 de maio de 2008


Vi dois filmes que penso valer a pena recomendar. Um deles é Memórias de uma gueicha. Dirigido por Rob Marshall e idealizado por Robin Swicord, com base no livro homónimo de Arthur Golden. A adaptação gerou polêmica em seu lançamento no oriente.
Conta de maneira sensível e profunda a vida de uma jovem japonesa levada ainda criança para uma escola de gueichas.

A história é comoventemente "guiada" a partir da venda de Chiyo (interpretada por Zhang Ziyi) e sua irmã, pouco antes da segunda guerra mundial, quando são levadas da aldeia de pescadores onde viviam com sua família para "estudar" em uma escola de gueichas. Separadas, somente Chiyo passa a viver e trabalhar na nova moradia, onde é castigada pelas tentativas de fuga para reencontrar a irmã e, como se não bastasse, tem a vida dificultada por Hatsumono, a gueixa que sustenta a casa, e que a inveja pela invulgar cor azul dos seus olhos e pela beleza que em breve começará a desabrochar.

Num país onde a honra e a tradição são mais importantes às vezes que a própria vida, Chiyo vai servir num lugar onde se (ensina) a servir.

Sensívelmente exótico, delicado e dono de uma fotografia surpreendente, Memórias de uma gueicha é de encher os olhos.






O outro é Mar adentro. Um filme do espanhol Alejandro Amenábar, lançado em 2004.
Mar adentro conta a história verídica de Ramón Sampedro (belamente vivido por Javier Bardem), um espanhol que ficou tetraplégico após um mergulho, e viveu 29 anos após o acidente sendo cuidado por seus familiares e lutando pelo direito de “morrer dignamente”, como ele mesmo dizia. Seu caso foi levado aos tribunais em 1993 para conseguir a legalidade da eutanásia, mas o pedido foi negado. Na carta de Sampedro destinada aos juízes, em 13 de novembro de 1996, desdobra-se uma idéia que aparece repetidas vezes no filme: “viver é um direito, não uma obrigação”. Assim, Ramón coloca em cheque a regulação da vida e da morte pelo Estado e pela Igreja e acusa “a hipocrisia do Estado laico diante da moral religiosa”.

Da janela de seu quarto, uma verde paisagem traz o vento do oceano a remexer as cortinas e os desejos de liberdade, de movimento. Daquela abertura da janela, o mundo todo se descortina a Ramon Sampedro. Ainda no início, já na primeira cena, o espectador é colocado no lugar do protagonista, diante dessa janela e dos desejos, sonhos e impossibilidades que se prefiguram. A imagem é usada no decorrer do filme como recurso simbólico, uma fronteira a ser ultrapassada para alçar belíssimos vôos oníricos aos quais o personagem nos leva e que são sua única possibilidade de deslocamento. A câmera é o seu olhar, e também o do espectador. O filme joga com o dentro e o fora, o colocar-se no lugar do outro e depois ser seu observador, e com outros duplos, a vida e o movimento versus a morte e a paralisia, para construir jogos comoventes que envolvem, seja pela sensibilidade no tratamento do tema da eutanásia, pela fotografia ou a trilha sonora.

Enfim, baseando-se numa história real, Alejandro Amenábar consegue em Mar adentro de forma peculiar e comovente, tratar de um assunto muito mais complexo que um "simples caso de desapego pela vida". Por isso já valeria a pena assitir, mas, o filme ainda oferece outros tantos mergulhos numa sensibilidade delicadamente profunda.

Eu recomendo.

sexta-feira, 2 de maio de 2008


E agora, Drummond?


E agora já é!
a festa já era
tá tudo no escuro
ninguém aparece
faz frio aqui dentro
e agora já é!
e agora já é!

eu, que não tenho nome
que me envergonho também
e não rimo o amor
que não ( )
agora já era

tô aqui sem lugar
tô aqui sem falar
tô sem calma também
e nem posso escolher
e nem posso negar
aceitar já não posso

porque o dinheiro não veio
aquela carta não veio
e não veio a mulher
até meu verso sumiu

não rio mais
não choro mais
sentir já não sinto

tenho uma febre
que queima minha fé
que incendeia minha pele
e minha carne apodrece

febre d'alma
febre e sede
que seca por dentro
por fora
por todos os lados

não tenho mais chave
não tenho mais porta
mar, já não tenho
tinha há pouco a lagoa
- secou -
já não tenho mais rimas
Minas, não houve

não adianta gritar
não adianta gemer
nem dançar
nem beber
dormir já não posso
e aqui dentro do fosso
só há espaço pra baixo

me canso, me calo
me alimento sem dentes
dessa carne já morta

cercado de gente
de casas e burros
de bananeiras sem folhas
ia devagar
olhava devagar
e quase voltava
mas "voltar" já não há

encostado à parede
à parede sem porta
onde só uma criança
-feia e morta-
pergunta:
-"E agora, Drummond? Não me chamo José...
E nem tenho a resposta."