segunda-feira, 13 de outubro de 2008


dentro em mim, aflorando pelos poros
como águas de torpor ou lava
alguma revolução acontece e,
entre os olhos sinto os ventos

carregam meu âmbar e tormentos
sei da estrada que caminho
há tempos e não temo, sigo
sei do risco, riso e perigo

de cristais ergui um sol
e só, me esfrego em mares
meu poema sou eu ainda sem nome

e no fim seu único sentido
é estar nu e vivo como um pássaro

domingo, 5 de outubro de 2008



do outro lado da distância
lá onde o caminho ainda não é
meio início fim
lá adiante no nada, 'redemui'
la dentro do nem sei. é lá!
no desvão das coisas
onde findam atalhos
distância do outro lado
é onde o caminho lá
emenda
revira, inventa, vive
eu sei que lá é!
iniciam coisas findas
permanecem, se asseguram
e agora sei
que nas casas sem paredes
é onde os passos devem chegar