segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

recanto



do recanto de onde eu venho, o tempo é velho feito ar
e passa como vento que canta entre os caminhos, menino a vadiar
é cego esse menino, e não é triste ouvi falar
transpõe matas, mundos, muros, num sorriso de esgar
me disse um dia assim o que era o azul só de mentar
falou de uns versos que ouviu de um poeta de outras terras
lá de longe, lá bem onde o rio encontra o mar
disse das asas do verso do poeta que a dor fez arrancar
e da história que era linda e não sabia me contar
disse das idas e das vindas, das estradas, do estar
menino livre! eu disse sem pensar...
ele sorriu e num gesto pueril tateando meu sonhar
baixou os olhos, me abraçou e se pôs a caminhar
hesitei em perguntá-lo da partida repentina
me deixei ali plantado em silêncio e despedida
não dele, nem do riso, era adeus daquele olhar

11 comentários:

alfacinha disse...

muito lindo

Miss Fabris disse...

Lindas as poesias...te seguindo.. gostei!!!

Camila disse...

Outro infinito.
;D

Saudade!

Lys Fernanda Rodrigues disse...

Estou te seguindo! *-*

Joana Madeira disse...

Adorei, está lindíssimo. Beijinho :)*

Naeem disse...

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Tiago Quingosta disse...

Muito belo! O tempo passa sem ser sentido...

Anônimo disse...

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Laços de renda disse...

Comovente e lindo... Meche com o coração ♥
Gostei muitoo ]
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Bom fim de semana

Gislaine disse...

Muito lindo, amei, como sempre!

Michelle disse...

como sempre, lindo.