quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

poema em desespero



quer seja por caminhos tortos
por dentro de um olhar estranho
onde haja poesia (ou não!)
ou o contrário disso aí

seja na maldita espera vã
na descida infernal ao seu céu
ou mergulhando em puro caos
atrás de um novo sim

em um puro véu que me descubra
ou um pôr do sol, n'alguma cura
no ocio ou cio que aquiesce

fica, sempre fica essa gigante
e cálida estranha sombra que olha
e nada vê entre nós três

e me pergunto:

por que diabos será que
se deseja o que não podemos ter?

e de resto, enfim e...

ou tudo evanesce na fumaça desse seu cigarro

Um comentário:

Comunicação disse...

O que não tenho e desejo é que melhor me enriquece...
(Testamento - Manoel Bandeira)