terça-feira, 5 de agosto de 2008
Ágape
criei nos dedos dois lugares
de sol e vento e frio e ar
alguma terra e muita água
da chuva dos outonos todos
ganhei apostas, tive medo
pequei sem mal e saciei-me
ardi de amor, de ódio
atravessei muitas portas
e ainda espero, Ágape
lá fora chove, forte
aqui é tarde e a sorte
mesmo alarde ensaia voz
me arrenpendi de nada
me revoltei e guardo
livros, louros, lares
e ainda erro, Ágape
sou visto e vejo
amo, ando, canto e beijo
me dispo, encerro, silencio
guardo perdas, perco
creio e perdoo
depois me levanto e
recomeço tudo de novo
e ainda quero, Ágape
soletro hinos e sobrenome
festejo pormenores
me acho longe, grande
encontro rumor nas coisas
não dizem nada
não têm sombras
não me tocam
desato os nós
incendeio os mapas
peço passagem
sem saber onde ir
e vou, alífero
e sem caminho
e ainda voo, Ágape
mantenho a palma aberta
umas linhas mesmas
e a certezas plenas
de então chegar
n'algum portão
dividindo os muros
d'algum castelo
onde ainda sei
mesmo sem asas
hei de abrir os braços
-como um deus- enfim,
Ágape, e repousar
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5 comentários:
UfA!!!
EM PLENO VAPOR...
GOSTEI DAS MINHAS LÁGRIMAS.
BJÃO QUERIDO.
"desato os nós
incendeio os mapas
peço passagem
sem saber onde ir"
A melhor parte pra mim.
=)
eita, que seu cavalo noturno realmente trouxe inspiração...
voa!
hihihi,
comentei logada no meu bog pessoal, não era suposto, mas...
é o blog da minha vida em Lx, com fotos e tralalás. coisa pra família ver, não costumo divulga-lo.
acidente, no seu caso, bem-vindo.
Prazer.
tuga é como os portugueses se auto-intulam.
fala de inspiração pro titulo do blog... ;-)
Mary
hihihi,
comentei logada no meu bog pessoal, não era suposto, mas...
é o blog da minha vida em Lx, com fotos e tralalás. coisa pra família ver, não costumo divulga-lo.
acidente, no seu caso, bem-vindo.
Prazer.
tuga é como os portugueses se auto-intulam.
fala de inspiração pro titulo do blog... ;-)
Mary
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