sexta-feira, 30 de maio de 2008
ida
silêncio
silênci
silênc
silên
silê
sil
si
s
.
.
.
.
.
repare esse instante, é uma fuga, não?
então respire, tenha calma e venha
ande a passos largos e perpasse o muro
não deixe que te vejam
se ainda (também) não existo aqui
posso nascer poeta
em mim de novo
não mais que de repente
e mesmo ainda sendo esse homem
ensimesmado de incompletos e devires
sonho a torto e a direito sobre as casas
e caminhos onde ainda não passamos juntos
porque a vida não é (dizem) um encontro
mesmo que seja arte
é mais bela e mais difícil, pode crer
como um grito, uma mandrágora arrancada!
ou um sinal de que o caminho
atalhou por entre as mãos
e já não pode mais ser lido
nem trilhado em superfície
por isso eu sigo, por isso a fuga
por cima dos telhados encharcados
de sol e senhas que não abrem nada
por entre as pernas, as pedras e as coisas
repare esse instante, você fugiu?
e se não foi, ficou aonde?
repare esse instante...
e depois volte ou continue
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Caminho a gente pode escolher... Mas em qualquer um haverá desencontros, frustrações, combates... e também encontros, alegrias e amizades!
Fugir é mais fácil que ficar, pois ficando há o risco eminente de se frustar e decepcionar e sair ferida do combate.
Mas penso que se a vontade de ficar é grande... vale a pena arriscar.
Belo texto o seu!
Parabéns!
Beijo
Fujo porque prefiro o mais fácil mesmo, Camila!
E nem me importo quanto a escolha de caminhos, por mim, prefiro os atalhos.
Valeu!
Entendo.
No final você escolhe... não um caminho, mas o atalho!
Sempre há escolhas, neh!
Falou!
=)
é, as vezes as pessoas gostam de permanecer algunas instantes em silêncio...
...só observando...
isso pode ser considero por muitos defeito, e para poucos virtude.
bj. de dentro
Postar um comentário