terça-feira, 29 de abril de 2008


ode à vale do rio doce

i chegô aqui uns homi
uns homi qui era qui nem nóis
mai num era ingual nóis

i chegaru falanu muito
i fazenu baruio tamém
i fôro intranu nus mato
i dizenu uas coisa

mai nóis num intindia
i eles falava i falava

entonci chegaro uas máquina
fazenu baruio i entranu nus mato
i os homi dizenu que era pru bem
i nóis num gostemu

foi aí eles quebraru tudo
os mato, as coisa, as pedra, os morro
inté qui us bicho fôro imbora
mai nóis fiquemu
i nóis num redemu pé

só qui us homi era muito
era muito mai qui nóis
i era tantos qui nem dava pá contá
mai inda nóis fiquemu

i fiquemu, i fiquemu, i fiquemu
inté qui um dia a terra já era pôca
i nóis já era pôco

i eles muito
i muitas máquina, i muito baruio, i mardadi


nóis num guentemu tanto sofrê
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
aí nóis cumemu eles

Um comentário:

Anônimo disse...

Prefiro falado!

Falado por ti!


srta assis