quarta-feira, 15 de julho de 2009


ontem eu plagiei um poema
era uma construção simples
que falava de um amor faminto
a carcomer o seu autor

eu ontem fui um pária
que se fez de escritor
e não honrou a sua pena
ao fingir de outro a dor

eu não valho esse poema
eu não valho aquele amor
não sou digno de aplauso
nem tão pouco de louvor

mas poeta é clown de shakespeare
é comboio de corda e fingidor
e te digo, paga a pena seu moço
uma letra torta e malfadada

entristece menos, pode crer
que uma amizade de anos virar nada
assim, sem mais nem menos
por causa da mesma flor indelicada





Dedicado ao anônimo !

terça-feira, 14 de julho de 2009

poema pr'uma flor indelicada & o plágio em pessoa



a saudade carcomeu meu coração
roeu meu nome até o osso
mastigou minha palavra
rasgou minha roupa mais bonita
e destroçou a minha calma

a saudade riu da cor do meu olhar
debochou da minha foto
e comeu minha identidade
com seus dentes de fome e raiva

a saudade mordeu meus cabelos
sacrificou minha coragem
pisoteou meus sonhos
e rosnou pro meu destino

a saudade arranhou o meu silêncio
cuspiu minha alegria
e feito quem despreza a própria sorte
se fez de companhia
pr'uma flor indelicada