quinta-feira, 10 de junho de 2010

2º ato



nessa música triste e rubra que naufraga
prenhe de leveza e já descalça do mistério
agora me vou apinhado de impossíveis

eu, que ostento algum pó e vãs medalhas
rorejado de um sorriso maltrapilho e alucinado
graça faço do sem jeito dessa vida avacalhada

visto a roupa e me percebo um nu sem cadafalço
tão simplório e relampejo que me vale um arlequim
destrono a culpa dos sem pejo e rotos de mais nada

carrego a lira, um louco canto e o carmesim