
dentro em mim, aflorando pelos poros
como águas de torpor ou lava
alguma revolução acontece e,
entre os olhos sinto os ventos
carregam meu âmbar e tormentos
sei da estrada que caminho
há tempos e não temo, sigo
sei do risco, riso e perigo
de cristais ergui um sol
e só, me esfrego em mares
meu poema sou eu ainda sem nome
e no fim seu único sentido
é estar nu e vivo como um pássaro